TENTANDO APRENDER A VIVER SÓ.
Quando se vive só,é um perigo surgir qualquer mal estar.Se surgir uma
simples dor de cabeça ou qualquer algo indefinido nos ossos, estomago e
tal,pronto.Está formada uma armadilha para entrar num horror de suposições para
o pior.O que poderá ser?Inicio de um aneurisma? Cancer nos ossos?Tumor no
estomago(não esquecer que nos ensinaram que a dor é um alerta e se é
repetitivo,nada de analgélsicos e sim procurar saber a causa)?Aí é que entra a importancia dos nossos
companheiros tipo marido, filhos,pois estando em idade avançada,nos esquecemos
fácil fácil as prováveis causas daquela situação desconfortável.O filho logo se
lembra daquela feijoada que vc abusou no dia anterior e faz questão de frisar o
tanto de bombom ingerido para agradar a amiga querida no seu término de curso de
chocolate.O marido lembraria da sua ânsia de emagrecer e ter extrapolado nos
exercícios físicos, nem sempre apropriado para sua faixa etária.Então nos
tranquilizamos por aparecer justificativa coerente e bem provável daquela
situação.Em seguida, começamos a melhorar.
Mas, se tais companheiros estão ausentes,
ficamos em estado aflitivo e damos inicio a telefonemas seriados para as
amigas.As vezes, ficamos melhor quando temos certeza de que as amigas não estão
apenas querendo ser solidárias ao apresentarem problemas semelhantes.Então
começa uma verdadeira peça de teatro do riso.
O inicio se dá quando perguntam como você
está.Como são amigas de várias décadas,podemos falar a verdade do nosso
estado.Coisa não aconselhável com outras pessoas, pois não quero queimar o meu
filme de pessoa equilibrada,alto astral e que sabe(com muita firmeza, segundo
algumas),ultrapassar obstáculos negros,com altivez e galhardia.Nem sei como não
ganhei ainda ,alguma medalha de tais
pessoas.Então, abro o verbo com as irmãs amigas.Elas respondem assim:
O que? Por que está usando as
muletas?Pensei que esse piti não fosse dar em nada....não vai poder viajar de
trem ou carro?Você se lembra quando tive de vir de trem de Belo Horizonte até
Valadares num vagão especial de deficientes numa cadeira de rodas? Problemão no
fêmur e muita dor mas só lembro do mico
da cadeira de rodas,subindo no elevador do vagão.Gritava e gritava
CUIDADO! A CADEIRA VAI CAIR!!!Todos os holofotes da estação ferroviária
voltados pra mim e até hoje ainda ouço o“coitadinha
da idosa”...
Tá andando com 2 muletas e uma joalheira
para água no joelho?E daí?Tem 4 dias que estou no andador!!!
Não sabe como vai fazer pra puxar a mala
com uma bengala de cada lado pra ir á BH ATENDER CONSULTA MARCADA?Deixa de
criar problema.Faça uma bolsa de pano como se fosse um embornal com tira bem
grande e a coloque atravessada no seu tórax com todos os documentos.Ficará com
as mãos livres para usar as 2 muletas.A sugestão foi dada as gargalhadas com os
detalhes da minha figura vestida de cangaceira.
Outras respostas foram registradas porém
não me atrevo a descreve-las aqui.
O meu filhão, em BH, deu a solução final.Peça
ao Sr. Almir(motorista de táxi de confiança) para levar a mala ao check in ai em Valadares, e vc só a verá aqui no aeroporto da Pampulha
comigo.
Vamos
combinar que eu não vivo tão só assim.Ainda tenho o filhão,nora e amigos para
pertubar, para reclamar.Alias, outro dia ouvi uma querida de 81 anos dizendo: ...“cai
da cama e já no outro dia meu filho já tinha uma grade na beirada da minha cama.Num
dá nem tempo da gente reclamar...”Dá pra
entender?Reclamação e implicância faz falta na 3ªidade como terapia.RINDO E
DESEJANDO PAZ PRA TODOS.
É o tempo e seu conteúdo restrito.
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